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terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Chega a vacina anti Covid?

 Francesca Romana Poleggi

 O argumento “vacina sim – vacina não” tornou-se um terreno de confronto ideológico. O demonstra o episódio do doutor Grisanti que passou das estrelas para os estábulos por ter publicamente expresso sérias reservas sobre as vacinas anti coronavirus que parece sejam de iminente comercialização (ainda que se um dia sim e outro não, se dão negações e contra-negações; e, no entanto, a minha velha mãe – que vive em Roma, na zona central – ainda não consegue receber a normal vacina contra a gripe, tão recomendada por todos, por que “não chegou”).

Longe de nós querer assumir uma posição ideológica sobre o assunto (tanto o “no vax”, sem se, e sem mas, não parecem razoáveis, quanto aqueles que desejariam obrigar todos a receber todas as vacinas que estão em circulação), consideramos necessário

– in primis, conhecer as argumentações de quem não considera que as vacinas – e em particular a próxima eventual vacina anti Covid – sejam eficazes e salutares para todos e em todos os casos;

- in secundis, consideramos oportuno conhecer as argumentações de quem as  levanta a respeito de determinadas vacinas – também anti Covid – um problema ético (não necessariamente “religioso”);

- e enfim, merece uma reflexão a questão da obrigatoriedade vacinal em tempos em que não se faz outra coisa que exaltar a autodeterminação.

 O problema para a saúde: o DNA fetal nas vacinas

 - Quanto ao primeiro ponto, deveria ser o médico responsável a dizer se tal vacina é eficaz e salutar para tal paciente, com o claro risco inevitável de efeitos colaterais (deveria também ser aprofundada a questão levantada recentemente pelo Lyons et al. (1) no International Journal of Environmental Research and Public Health segundo a qual as crianças não vacinadas são surpreendentemente mais sadias que aquelas vacinadas). Existe depois uma importante questão a esclarecer. Muitas vacinas são derivadas de células fetais: portanto, o Dna do feto entra inevitavelmente em círculação no organismo de quem recebe. Isso comporta sérios riscos para a sua saúde, porque poderia desencadear um processo conhecido como “recombinação homóloga” (2) que resulta na modificação do patrimônio genético do receptor da vacina (3). São formadas mutações e das novas células que o sujeito vacinado não reconhece como próprias e provocam uma resposta assim chamada “autoimune”, com as conseqüentes doenças e distúrbios do espectro do autismo (4).

A Food & Drug Administration dos estados Unidos (a agência federal de controle sobre remédios) e a Oms, em 2005, reconhecendo a subsistência de riscos oncogênicos associados à presença de DNA humano nas vacinas, tinham estabelecido que deveria haver menos de 10 ng (nanogramas) (5). Com o tempo, vários pesquisadores demonstraram que o limite indicado não é quase nunca respeitado. Um exemplo entre tantos, denunciado pela associação Corvelva: no Priorix Tetra, usado nas crianças de 11 meses até aos 12 anos de idade para sarampo, caxumba, rubéola e catapora, foram encontradas inicialmente quantidades de DNA de 1 a 2,7 e depois até 3,7 microgramas por frasco (1 micrograma é igual a 1000 nanogramas). Isto viola também a convenção de Oviedo e outras normas internacionais que vetam a modificação do patrimônio genético dos seres humanos.

Quanto às futuras vacinas anti Covid, portanto, consideramos que por respeito ao princípio do consenso informado, seja necessário pretender que exista a máxima transparência sobre a entidade do Dna humano presente nelas.

Mas, qual autoridade guardará no coração a nossa saúde sobre este ponto? A Oms e os outros entes de observação que até agora concederam aos produtores de vacinas de ignorar e de violar os limites acima indicados?

O Charlotte Lozier Institute publica e atualiza constantemente a relação das vacinas éticas e  não éticas que estão em circulação. Na tabela atualizada em 10 de novembro de 2020 estão elencadas as possíveis vacinas SARS-CoV-2 (COVID-19) que utilizam linhas celulares derivadas do aborto (para a produção e/ou para o teste do soro), e aquelas que ao invés são retiradas de células animais (macacos, hamsters, invertebrados), de vegetais, ou que são seqüências desenhadas no computador, ou mesmo que são de células humanas retiradas eticamente (por exemplo, do cordão umbilical). É indicado, além disso, o País de produção, e a que ponto está a pesquisa (se está na fase de experimentação ou não).

 Por exemplo, se ouve muito falar da vacina da Johnson & Johnson (cultivada da linha celular PER.C6, derivada da retina de uma criança de 18 semanas abortada em 1985) ou aquela da Pfizer e da Moderna (testadas da célula HEK293, retirada dos rins de uma menina sadia abortada na Holanda em 1973). Também o Instituto Europeu de Bioética confirmou o uso de linhas celulares de fetos abortados em muitas das vacinadas elencadas pelo Lozier Institute, como por exemplo Astrazeneca da universidade de Oxford, Medicago (canadense), Altimmune (USA) e CanSino BiologicsSinovac Biotech Co e Anhui Zhifei Longcom (chineses).      

De encontro a isso, estão em preparação também muitas vacinas éticas, em diversas partes do mundo, como por exemplo, aquela da  Sinopharm, na China, aquela do Instituto de pesquisa João Paulo II, nos Estados Unidos, aquela do instituto Pasteur e Themis and Merck ou aquela da Sanofi e GSK (franco-americanos), um desenvolvido pela Universidade do Queensland, na Austrália, o CureVac alemão, o Genexine coreano.

O problema ético

Quanto ao segundo ponto, ao invés, o problema ético relativo às vacinas que  na origem têm células retiradas de crianças abortadas, não é insignificante. Não se trata. De fato, somente de fetos abortados nos distantes anos Sessenta, como dizem alguns: o Comitê cidadãos para a objeção ético-religiosa, publicou diferentes documentos que demonstram o contrário [é possível ler um artigo na nossa Revista do mês de outubro de 2020 e é possível pedir o artigo completo à redazione@provitaefamiglia.it]. Por exemplo, os autores de uma pesquisa chinesa de 2015 (6), Bo Ma et al., induziram o aborto em nove mulheres (e dado que estamos na China não é nem mesmo dito se elas estavam consentindo no que estava acontecendo...).

E não se trata do simples uso (ou abuso) de pequenos cadáveres, porque existem diversos estudos e diversos testemunhos concordes em afirmar que se procura fazer sobreviver as crianças ao aborto para poder retirar órgãos frescos: já em 1987 falava disto Peter McCullagh (7); mais recentemente, em 2016, a coisa surgiu de novo nos Usa, quando o Center for Medical Progress publicou uma série de vídeos em que David Daleiden, com uma tele câmera, demonstrou o tráfico de órgãos de crianças abortadas decorridos entre a Planned Parenthood e as indústrias farmacêuticas ou as universidades (8).

Também os pesquisadores chineses, que induziram o aborto às nove mulheres citadas já antes, fizeram nascer vivas as crianças cujos órgãos foram enviados aos laboratórios para preparar as células de cultura das vacinas.

Neste contexto não é relevante o ser ou não ser favorável ao aborto. O dilema é de nível superior e consiste em decidir se seja lícito ou não usar um ser humano.  Mesmo se para uma finalidade em si boa. Por que um “leigo” como Kant dizia que o homem não pode jamais ser um meio, mas é sempre um fim?

Quem admite a licitude de usar alguém para o bem de algum outro assume que um seja uma pessoa de classificação e dignidade inferior ao outra. A quem queremos dar o poder de estabelecer quais são os indivíduos de série A e aqueles de série B? Quem hipoteticamente discriminasse os seres humanos em base à raça, ao sexo, ou às opiniões políticas, seria condenado sem apelo pelo mundo inteiro pela violação do princípio de igualdade que está no fundamento das Cartas constitucionais de todos os Países civilizados.

As discriminações em base à religião e à idade ao invés, são toleradas: se quer abolir a objeção de consciência e as crianças no ventre materno são tão pequenas que podem ser manipuladas (e supressas) sem escrúpulos.  

Até aqui as questões éticas, que, porém não importam a muitos em uma sociedade materialista e utilitarista como a nossa.

 O problema da liberdade e da autodeterminação

- Sobre o terceiro ponto, ao invés, todos deveriam estar interessados, enquanto todos somos promotores dos direitos humanos e em particular do direito à liberdade.

De fato, se a vacina anti Covid, qualquer que seja, devesse ser obrigatório – como se escuta dizer por aí – e até mesmo conditio-sine-qua-non para poder exercitar as liberdades civis democraticamente garantidas pela Cosntituição, estaremos realmente no meio de uma ditadura, em um pesadelo distópico a ponto de fazer ficar pálidos Huxley e Orwell.    

Vice-versa, em nome do princípio da autodeterminação que tanto é caro a estes tempos, pedimos fortemente a máxima transparência sobre as vacinas que já estão em circulação e sobre aquelas anti Covid que serão colocadas no mercado: seja em relação a origem delas, seja em relação aos efeitos colaterais. Pedimos a liberdade de escolher se receber a vacina ou não. Por isso, pedimos que as autoridades no comando da vigilância sobre os remédios e da tutela de nossa saúde, a começar pela Oms, sejam livres de condicionamentos por parte das indústrias farmacêuticas que produzem as vacinas acima citadas e que procuram a óbvia e legítima finalidade de maximizar o lucro.

Sabemos que os principais financiadores da Oms são exatamente as indústrias farmacêuticas e as fundações Bill e Melinda Gates, que participa substancialmente à Gavi (“aliança global para as vacinas e a imunização”): é verossímil, portanto que seja compromisso, por esta razão, o primeiro dos “direitos humanos”, ou seja, o direito à verdade, sem a qual é impossível operar escolhas verdadeiramente livres e responsáveis.

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Notas:

1 -  Lyons J et al, Relative Incidence of Office Visits and Cumulative Rates of Billed Diagnoses Along the Axis of Vaccination, International Journal of Environmental Research and Public Health,22 November 2020
https://www.mdpi.com/898424
2 - K. Koyama et al, Spontaneous Integration of Human DNA Fragmentsinto Host Genome, Sound Choice Pharmaceutical Institute, Seattle, WA http://soundchoice.org/wp-content/uploads/2012/08/DNA_Contaminants_in_Vaccines_Can_Integrate_Into_Childrens_Genes.pdf
3 - Deisher TA, et al, Epidemiologic and MolecularRelationshipBetween Vaccine Manufacture and AutismSpectrumDisorderPrevalence, Issues Law Med. 2015 Spring;30(1):47-70 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26103708
4 - Helen V. Ratajczak, Theoretical aspects of autism: Causes—A review, Journal of Immunotoxicology, 2011; 8(1): 68–79 http://www.rescuepost.com/files/theoretical-aspects-of-autism-causes-a-review1-1.pdf.
Theresa A. Deisher et al, Impact of environmental factors on the prevalence of autistic disorder after 1979, Journal of Public Health and Epidemiology,Vol. 6(9), pp. 271-284, September 2014 www.cogforlife.org/scpiJournalPubHealthEpidem092014.pdf;
Keith Peden, Division of Viral Products Office of Vaccines Research and Review CBER, FDA, Issues Associated With ResidualCell-Substrate DNA, Vaccines and Related Biological Products Advisory Committee, November 16, 2005 http://www.cogforlife.org/FDApowerpointDNA.pdf
5 - Yang H, Establishing acceptable limits of residual DNA, PDA J Pharm Sci Technol. 2013 Mar-Apr;67(2):155-63 (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23569076).
Report - WHO Informal consultation on the application of molecular methods to assure the quality, safety and efficacy of vaccines, WHO, Geneva, CH, 7-8 April 2005 (https://www.who.int/biologicals/Molecular%20Methods%20Final%20Mtg%20Report%20April2005.pdf)
6 - Ma B, et al, Characteristics and viral propagation properties of a new human diploid cell line, Walvax-2, and its suitability as a candidate cell substrate for vaccine production. Hum VaccinImmunother 2015;11(4):998-1009 (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4526020)
7 - The foetus as transplant donor. Scientific, social and ethical perspectives, Wiley in Chichester, 1987; https://www.researchgate.net/publication/25178659_The_Foetus_as_Transplant_Donor_Scientific_Social_and_Ethical_Perspectives
8 - A proposito delle tecniche usate per prelevare organi freschi si può vedere su You Tube la testimonianza data sotto giuramento da alcuni funzionari della Planned Parenthood [https://youtu.be/POdbu4bp5rQ. 
Anche qui la denuncia è chiara https://www.lifenews.com/2019/06/14/unborn-babies-are-being-extracted-from-their-mothers-wombs-alive-to-have-their-livers-harvested/ . E anche qui: https://www.provitaefamiglia.it/blog/planned-parenthood-commercia-bambini-abortiti-indaga-lfbi. 
Sul sito del CMP ci sono ancora tutti i video: https://www.centerformedicalprogress.org/

Fonte: https://www.provitaefamiglia.it/blog/arriva-il-vaccino-anti-covid

 

Para quem desejar aprofundar a questão:

http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cfaith_doc_20201221_nota-vaccini-anticovid_po.html

http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cfaith_doc_20081208_dignitas-personae_po.html