Este espaço tem por objetivo oferecer uma contribuição à obra de evangelização da Igreja, selecionando e traduzindo matérias consideradas úteis para o povo de Deus. Fiel ao dado original, mas atento aos novos desafios, ele deseja cooperar com a missão da Igreja apresentada por São Paulo: “Recapitular tudo n’Ele” (Ef 1,10) e assumida pela doutrina da Igreja (Concílio Vaticano II e Catecismo). Escolhemos como patrono São João Paulo II.
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quinta-feira, 22 de outubro de 2020
João Paulo II: Os cônjuges Wojtyla em direção aos altares
Chile, desordem e igrejas incendiadas
Pelo menos duas igrejas no centro de Santiago do Chile foram incendiadas neste domingo depois da maciça manifestação que reuniu dezenas de milhares de pessoas, no primeiro aniversário do início dos protestos de 2019 e a somente uma semana do plebiscito para dar vida a uma nova Constituição. O primeiro santuário a queimar foi a igreja de São Francisco de Borja, usada regularmente pelas forças de polícia para cerimônias institucionais, e horas depois a queimar era a Igreja de Nossa Senhora da Assunção, uma das mais antigas da capital, com mais de um século e meio de história.
A igreja de São Francisco de Borja foi saqueada e algumas das suas imagens religiosas foram queimadas pelas ruas, enquanto a de Nossa Senhora da Assunção viu a sua cúpula cair por terra consumida pelas chamas. Nas proximidades do local, batizado pelos manifestantes como “Plaza Dignidad”, foram também saqueadas várias lojas, entre as quais um supermercado de uma rede internacional, e foram registrados também ataques de homens encapuzados a algumas estações da polícia na periferia da capital.
O presidente e o secretário geral da Conferência episcopal do Chile expressaram, através de uma declaração, a sua proximidade àqueles que foram vítimas de atos de violência que contrastam com as expressões daqueles que manifestaram pacificamente.
“A maior parte do Chile deseja ardentemente justiça e medidas eficazes que ajudem a superar a desigualdade; não quer mais corrupção ou abuso, esperam um tratamento com dignidade, respeito e équo. Cremos que esta maioria não sustenta ou justifique ações violentas que causam dor a indivíduos e famílias, danificando comunidades que não podem viver em paz nas suas casas ou no trabalho, amedrontadas por quem não procura construir nada, mas por outro lado destrói tudo”.
O presidente chileno, o conservador Sebastián Piñera, que transcorreu toda a jornada na sua residência, se dirigiu na parte da tarde ao Palácio de La Moneda – sede do governo – para monitorar os incidentes, que obscureceram todo o dia transcorrido por horas em uma atmosfera muito festiva e familiar. Segundo os soldados, pelo menos 18 agentes ficaram feridos em diferentes partes da capital. Diferente das outras semanas, as forças de polícia foram retiradas durante a maior parte da jornada e começaram a agir quando os excessos começaram.
As manifestações pelo aniversário acontecem a uma semana do plebiscito para dar vida a uma nova Constituição. Constituição atualmente herdada da ditadura e vista como a origem da desigualdade que aflige o País. O plebiscito, que deveria ter acontecido em abril e foi remetido para outro período por causa da pandemia, procura diminuir a tensão em um País fortemente centralizado, que até o ano passado era considerado o mais estável da América Latina.
Continua a declaração do episcopado:
“Neste domingo, 25 de outubro, os cidadãos que querem justiça, probidade, superação das desigualdades e oportunidades para poder se levantar como país, não serão intimidados pelas ameaças de violência e estarão presentes para cumprir a sua responsabilidade cívica. Nas democracias nos exprimimos com o voto livre em consciência, mas sob a pressão do terror e da força. Peçamos a todos que contribuam, a partir da família, trabalho e espaços sociais, com uma reflexão que nos consinta de tomar distância suficiente da violência irracional e de aproximar-nos da amizade cívica”.
Fonte: https://www.iltimone.org/news-timone/cile-disordini-chiese-date-alle-fiamme/
terça-feira, 6 de outubro de 2020
“Dito isto, Jesus lapidou a adúltera”. Assim a China distorce o Evangelho
Leone Grotti
Nos livros de texto dedicados às escolas profissionalizantes, o Partido comunista distorceu o Evangelho fazendo Jesus realizar um homicídio
A inacreditável passagem do livro de texto destinado às escolas secundárias na China que distorce a famosa passagem do Evangelho de João.
“Quem de vós é sem pecado, atire a primeira pedra contra ela”. A resposta de Jesus, como descrito por João (8,1-11). Aos escribas e fariseus é uma das passagens mais famosas do Evangelho. Igualmente famoso é o final do episódio da adúltera: “Levantando-se então Jesus lhe disse: “Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?”. E ela respondeu: “Ninguém, Senhor”. E Jesus lhe disse: “Nem eu te condeno; vá e de agora em diante não peque mais”. Ainda assim existe um país no mundo onde a narração do Evangelho não se conclui assim.
E JESUS LAPIDOU A ADÚLTERA
Como denunciado pela UcaNews, a história é distorcida em um livro de texto destinado às escolas secundárias na China. No subsídio publicado pela editora governativa da Universidade de ciência eletrônica e tecnologia, que tem o objetivo de ensinar nos institutos profissionais do Dragão “a lei e a ética profissional”, Jesus lapida a adúltera. Parece inacreditável, mas é exatamente assim.
Quando a multidão renuncia à intenção de punir a mulher, explica o “Evangelho com características chinesas”, Jesus lhe diz: “Também eu sou um pecador. Mas, se a lei pode ser praticada somente por homens sem mancha, a lei estaria morta”. E depois a mata.
“A IGREJA FAÇA CORRIGIR O LIVRO”
A passagem do texto, reproposto na página, foi publicada nas redes sociais chinesas por um católico. “Quero que todos saibam que o Partido comunista chinês sempre procurou distorcer a história da Igreja, de caluniar a nossa Igreja, e de fazer com que as pessoas odeiem a nossa Igreja”. Um docente cristão em uma escola profissional, Matthew Wang, confirmou o conteúdo do livro, explicando que pode mudar de província para província.
O objetivo de semelhante distorção é fazer passar a mensagem que todos devem obedecer à lei na China, a qual é encarnada no Partido comunista e pelas suas decisões, e que também os católicos devem fazê-lo, visto que até mesmo Jesus se submetia a ela. Kama, católico, espera que “as autoridades da Igreja se façam ouvir para que o livro seja corrigido”.
O regime não é novo em
intervenções assim tão clamorosas, não obstante esteja em tratativa para
renovar o
acordo chino-vaticano. No ano passado, por exemplo, a Editora para a
educação do povo tinha
impresso um livro de texto para as crianças do quinto ano
elementar, onde apagava qualquer referência a Deus, à Igreja e a Cristo em
obras como A pequena vendedora de
fósforos e A vida e as estranhas
surpreendentes aventuras de Robinson
Crusoé. O objetivo (até
agora jamais alcançado, por outro lado) é eliminar Deus para evitar que
o cristianismo se difunda e fique somente a fé no comunismo guiado por Xi Jinping.
Fonte: https://www.tempi.it/cina-vangelo-gesu-adultera-partito-comunista-regime/