Phillip E. Johnson morre com a
idade de 79 anos. No seu Darwin on Trial coloca em discussão a teoria
darwiniana com um bombardeamento de perguntas. É um dos pais do Intelligent
Design, segundo o qual “algumas características do
universo e das coisas viventes são mais bem explicadas com a idéia de uma causa
inteligente que por meio de um processo cego como a seleção natural”
Já são 30 anos que se passaram
que toda vez que aparece a expressão «intelligent design» o pensamento
dominante empurra pavlovianamente sobre o emblemo vermelho “pseudociência”, ali onde o pensamento dominante é a socialização daquela “proibição de fazer perguntas” com a
qual, no Il mito del mondo nuovo (trad. it., introdução de Mario
Marcolla [1929-2003], Rusconi, Milano 1970), o filósofo da política germano
–americano Eric Voegelin (1901-1985) estigmatizava a cifra do mundo
contemporâneo, o intelligent design é a beata obstinação em colocar
perguntas sobre tudo, a partir do princípio de cada coisa, e assim descobrir
com admiração e tremor que “algumas características do
universo e das coisas viventes são explicadas melhor pela existência de
uma causa inteligente que não por um processo cego como a seleção natural” e a pseudociência é tudo o que finge ser verdade verdadeira
e prova comprovada de que, em vez disso, é apenas no máximo uma hipótese de
trabalho, freqüentemente também uma imposição ideológica e não raramente até
mesmo um estratagema propagandístico. Por exemplo a evolução darwinista, aquilo
que além do mais é exatamente uma hipótese e que tal permanecerá, ou seja,
idemonstrado, enquanto continuar escapando da verificação daquele método científico,
canonizado por meio milênio na sua forma galileana e como tal adotado por todos
os especialistas, que não pode prescindir da observação de um dado (fenômeno) e da verificação experimental que confirma ou rejeita a tese elaborada
inicialmente para explicá-lo.
A expressão intelligent
design, ou ID, dá porém fastídio porque rompe o ovo na cesta, colocando
em crise uma construção mental que ninguém tem interesse de discutir, sobretudo
quando o evolucionismo darwinista foi rotulado como peça justificante do
positivismo e usado como suporte para todo tipo de materialismo. Agora, desde
que não apresente fenômenos verificáveis experimentalmente também o ID
permanecerá no campo das hipóteses, nem mais nem menos que o evolucionismo do
qual se opõe no quadro do debate científico. Mas, quando explicasse
sistematicamente melhor o aparecimento de certos fenômenos, se tornaria uma hipótese
plausível. E quando oferecesse fatos incontestáveis, seria incontestavelmente
ciência.
Para muitos é um defeito, mas
um dos seus méritos é ser naturalmente uma ponte entre ciência e filosofia,
ou melhor saber reconduzir àquela unidade do saber que é patrimônio de tempos
mais civilizados que os nossos mesmo mantendo distintos os âmbitos. De resto é
assim também para o evolucionismo e para todo materialismo: não se utiliza
talvez a ciência para inferências em âmbito filosófico? Neste modo o ID se
revela aparentado com a filosofia aristotélica da causa e do efeito, jamais saciado
de ser criança diante das coisas, perguntando-se continuamente “por que”?
Trinta anos faz que a
expressão «intelligent design» aparecia pela primeira vez no manual
escolástico Of Pandas and People: The Central Question of Biological Origins
di Percival Davis e Dean H. Kenyon, publicado em 1989 pela Foundation for
Thought and Ethics di Richardson, no Texas, a cura de Charles Thaxton, depois
reeditado em 1993 e republicado em 2008 com o título de The Design of Life:
Discovering Signs of Intelligence in Biological Systems (ISI Books,
Wilington [Dealware]. Desde então o seu centro propulsor é o Discovery
Institute di Seattle, melhor ainda o seu Center for Science and Culture (CSC),
dirigido por Stephen C. Meyer, geofísico e filósofo da ciência.
Mas um dos pais indiscutíveis
do que no tempo cresceu também como movimento de opinião é sem dúvida Phillip
E. Johnson (1940-2019), norte americano, falecido em 2 de novembro com 79 anos.
Docente de Direito na Universidade da Califórnia de Berkeley e co-fundador do
CSC, Johnson atravessou quando jovem uma fase de crise profunda devido a um
divórcio e com a pulverização de sua família que conduz, a 38 anos, a uma conversão profunda
ao cristianismo. A fé cristã o levou a interrogar-se filosoficamente sobre o
sentido das coisas e sore a causa do real, em rota de colisão com a
insuficiência estrutural das explicações materialistas. Foi esta a cintila da
ID como interrogação sobre a real realidade que porém não coloca o carro na
frente dos bois, pretendendo explicar com a fé o que a razão não vê, mas
exatamente o contrário: usando uma razão qe não se contenta com o racionalismo.
É possível interrogar a si
mesmo sobre a possibilidade de um projeto inteligente na natureza porte a perguntar-se quem seja o projetista é
certo coisa lícita, mas é outra coisa. Ainda que quisesse desinteressar-se da
identidade do projetista, um cientista sério jamais poderia censurar-se diante
da evidência de um projeto inteligente. Este e não outro foi o desafio de
Johnson ao mundo que parou de fazer-se perguntas.
Fazem texto as suas numerosas
publicações, antes de tudo o fundamental Darwin on Trail (Regnery,
Washington) desde 1991, primeira verdadeira pedra de tropeço. É sobre aquelas
páginas que a falta de fundamento do assunto darwiniano é colocado em um
tribunal de perguntas que exigem respostas. De resto, é o darwinismo que se
apresenta como solução encontrada, aniquilando qualquer outra hipótese: por que
como a esfinge, não responde, fugindo sistematicamente do único banco de provas
aceito pela comunidade científica?
Por que não deixar então que
cada um se explique, sem preventivamente querer desqualificar uma das duas
partes, ou melhor, uma das hipóteses possíveis de trabalho? A Johnson isto
seria mais que suficiente. Agora que Johnson não está mais, restam as suas
interrogações. Todas variantes da única séria: a vida é o produto do acaso cego
ou é o fruto de um desígnio? O resto é literatura, mas a ciência possui a função
estatutária de não mentir jamais quando indaga a natureza. E de render-se à
evidência, qualquer que essa seja. Sim, Phillip Johnson está mais vivo que
nunca.
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