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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

O alarme: Tremei, as bruxas estão de volta (e são 1,5 milhões)



Quanto mais os jovens abandonam o cristianismo, mais aumenta a bruxaria, como notaram diferentes observadores entre os quais também o laciíssimo Newsweek. Segundo a Catholic News Agency, o culto neopagão da Wicca interessa de 1 a 1,5 milhões de pessoas. Números espantosos que demonstram como entre o “ir a Igreja” ou o “viver como ateus” existe um espaço de novos cultos perigosos.


Quanto mais os jovens abandonam o cristianismo, mais aumenta a bruxaria. Colocada assim, a equação aparecerá a tantos simplicista e também um pouco fanática. Mesmo assim era exatamente isto que intitulava não um periférico boletim paroquial, mas o laciíssimo Newsweek em um artigo de novembro reproposto nas últimas horas na página do Facebook do jornal. Por qual motivo, se poderia perguntar, o jornal não religioso e nem mesmo suspeitável de simpatias conservadoras começa a ocupar-se deste modo, com tons bastante preocupados, pelo fenômeno da bruxaria? Por uma razão simples, o aumento exponencial desta forma de religiosidade, antiga e nova ao mesmo tempo.   

Basta pensar que em 1990, nos Estados Unidos, as bruxas Wicca, ou seja, aquelas que se identificam na galáxia do neopaganismo, eram – de acordo com um estudo do Trinity College – cerca de 8.000. Não pouquíssimas, se poderia observar. Porém em 2008 eram 340.000 e, em 2018, sejam quadruplicadas. Com o resultado, segundo a Catholic News Agency, que hoje este culto interessa de 1 a 1,5 milhões de pessoas. Números impressionantes se observamos, para fazer um exemplo comparativo, no total os presbiterianos praticantes que chega a 1,4 milhões. 

Não somente. Deve ser especificado como nos Estados Unidos existam pessoas que se aproximaram do mundo da bruxaria as quais, porém, rejeitam a etiqueta neopagã, porque a consideram limitante ou porque, simplesmente, se reconhecem em uma espiritualidade individualista. Isto significa que, na medida em que os dados do Pew Research Center estimem em apenas 0,4 por cento a população Usa que aderiu à fé Wicca, é possível que as bruxas e simpatizantes possam ser também mais de 1,5 milhões. E na Itália? Também no nosso País esta tendência religiosa criou raízes, mesmo se as estimativas mais confiáveis, como aquela do Centro de estudos sobre novas religiões, se mantêm cautas e falam de apenas, por assim dizer, 3.000 wiccanos, sobretudo mulheres e no norte da Itália.  

De acordo, mas como si explica esta macabra propagação de cultos ligados à bruxaria? Dadas as dimensões e o crescimento do fenômeno, a curiosidade aparece mais que lícita. Segundo o pensamento de diversos observadores – ao qual, como se viu, está o insuspeitável Newsweek – o sucesso oculto e dos seus jovens adeptos, se pelo lado prático é favorecido pela internet e pelas redes sociais, em uma perspectiva mais geral é possível ser enquadrada como direta consequência do distanciamento, em particular dos jovens, da fé cristã. Portanto, a equação de abertura tem sua plausibilidade, se não outro porque a necessidade religiosa de quem se distancia de um determinado credo – sendo ele algo de conatural ao ser humano – somente por um novo credo pode ser satisfeito. 

Neste sentido, seria o caso que no mundo católico parem de imaginar a vida das pessoas divididas em caricaturais dicotomias, como se, por exemplo, se devesse escolher entre o “ir à Igreja” ou “viver como ateu”, e se iniciasse a raciocinar sobre a periculosidade destes novos cultos. Porque, no âmbito de um mercado religioso bem, mais vivaz que qualquer outro tempo passado – para usar uma categoria cara ao sociólogo da religião Rodney Stark -, acontece que, na medida em que uma determinada religião deixa de fazer proselitismo, acontece um fato muito simples: avançam outros cultos. Como a Wicca. A necessidade religiosa, de fato, não suporta vazios. Uma verdade elementar, mas que infelizmente hoje parece escapar também a tantos pastores.



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