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quarta-feira, 5 de junho de 2019

YOVANA “RAWVANA” MENDOZA: A ‘queda’ da star vegana. E a lição que deve ser aprendida

Yovana Mendoza, influencer vegana e crudista, foi pega diante de um belo pedaço de peixe assado. Ó, céus! Os fãs se sentem traídos e ela deve desculpar-se explicando que obedeceu aos médicos depois dos problemas de saúde que teve por causa da sua dieta radical. O que deveria servir de lição, em favor de uma dieta onívora. E não ideológica.

 
 
No seu manifesto da “Cozinha futurista”, de fevereiro de 1909, Filippo Tommaso Marinetti declarava guerra às massas, culpadas, segundo ele, de debilitar o corpo, engordá-lo e tornar pesada a digestão. Entre outras coisas, na época, o trigo era em grande parte importado, em detrimento do mais salutar arroz, produto nacional. Hoje parece que a história dê razão ao poeta nascido em Alexandria no Egito, com a corrida dos produtores de massa para recuperação dos grãos antigos, as epidemias de doença celíaca, as descobertas científicas sobre os danos provocados por causa do abuso de carboidratos e as atuais dietas para a maioria das proteínas. 

Ainda assim, também os teóricos duros e puros como Marinetti algumas vezes cedem: permanece histórica uma foto tirada do fundador do Futurismo, pego em um restaurante enrolando o espaguete de um monumental prato amatriciana.

A distância de 100 anos precisos, uma máquina fotográfica malandra captura outra incoerência alimentar da californiana, com vinte e nove anos de idade, Yovana Mendoza, conhecida nas redes sociais como Rawvana, influencer vegana e crudista, com i milhão e 300.000 seguidores no Instagram.

O papo é sempre aquele: “Coma vegano e cru e será saudável, purificado, desintoxicado e também ecologicamente correto”. A mocinha tinha eliminado leite, ovo, carne, peixe, todo tipo de proteína animal da sua alimentação e por anos falou daquela maravilhosa sensação de paz, harmonia e felicidade que a sua dieta “não violenta” tinha dado a ela.

 Pena que durante umas férias em Bali, a bela Yovana foi enquadrada em um vídeo ao vivo, à mesa, diante de um belo pedaço de peixe assado. Uma cavala ou talvez um atum, imagine, cruelmente pescado e roubado de seus alevinos – hoje desconsolados – morto por asfixia entre tormentos atrozes. Ó céus: os fãs de Yovana se sentiram apunhalados pelas costas e a recobriram com ícones de peixe, impropérios, sarcasmos e pesadas ironias. Alguém também disse que serviria para ela um bom psiquiatra.

Ei, não, o psiquiatra serve para vocês seguidores vegano-crudistas, não para Yovana, a qual fez muito bem em ouvir os seus médicos que a impuseram de voltar a comer carne, peixe e ovo. A sua saúde estava em perigo: já fazia dois anos que tinha perdido o ciclo menstrual, apresentando depois infecções intestinais e vaginais. Revestiu a pele pela empatia com as sardinhas, claro que não. “Sei que vocês se sentiram traídos – declarou em um vídeo de pedido de perdão – e peço perdão a vocês”. 

Mais que traídos, deveriam dizer que estavam decepcionados e enganados, porque a mulher, mesmo vendo muito bem quais fossem os efeitos daquela dieta louca e não natural, continuou belamente a empurrá-la para especular sobre isso. De fato, a ex-star vegana tinha acumulado muito dinheiro comercializando, por um valor de “somente” 99 dólares, um kit de pílulas e bebidas para emagrecer e purificar-se - além do corpo – também a alma do sentimento de culpa para com o planeta.

Carreira terminada para Yovana, a menos que, com um flash, não decida de dar um sentido a sua insensatez: o único resgate poderia vir do aproveitar a sua experiência para remediar ao mal feito e se tornar um testemunho unívoro, alertando contra uma dieta perigosa para a saúde.  De fato, um aceno no seu vídeo de desculpas houve, mesmo se muitos jornais evitaram mostrá-lo: “Jamais pensaria de sentar-me um dia diante desta câmera para dizer a vocês que estou já há dois meses comendo ovo e peixe e me sinto muito melhor porque a dieta crudista vegana faz mal. Retornarei a uma dieta vegetariana”. Talvez a lição não tenha sido suficiente? 

O paradoxo é que o homem empregou milhares de anos para garantir o fornecimento de carne e peixe, alimentos preciosos e de altíssimo poder nutritivo, que consentiram o desenvolvimento do seu cérebro e da sua inteligência. Exatamente agora, ao invés, inverte e se autodestrói procurando uma impossível evolução em direção à subordem dos ruminantes.

O confronto entre o bem e o mal acontece no mundo – em uma maneira ainda pouco questionada – também nas filosofias alimentares. Não é por acaso que os grandes jornais politicamente corretos estão todos alinhados, em modo muito mais que suspeito, em favor do vegetarianismo, no máximo abrindo a algumas “graciosas concessões” em direção ao mundo dos insetos. Não é nem sequer um caso que a mídia tenha torpedeado os que sustentam a “dieta ancestral”, aquela a base principalmente de carne, peixe, fruta e verdura como Mozzi, Tozzi, Panzironi.

Uma coisa é certa e indiscutível: por dois milhões e meio de anos o homem se alimentou de carne, peixe, ovo, fruta e verdura: não somente de vegetais, portanto, nem de massa, pão, pizza, polenta, doces, legumes ou leite que chegaram apenas há 11 mil anos com a introdução da agricultura e depois da criação. Cada um retire disto as suas próprias conclusões.


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