Há alguns anos, o produtor de
documentários Harald Medlal Eia, tinha realizado para a Tv norueguesa um vídeo
que desmascara e coloca na berlinda a doutrina de gênero. Na prática, quem
ainda considera que masculinidade e feminilidade são somente estereótipos
culturais é considerado superado pelos estudos, como também pela própria
realidade.
As coisas foram muito longe.
Existe um indivíduo que vive no País mais avançado do mundo e há pouco uma nova
descoberta está invadindo a mídia e as escolas: a terra é plana. O indivíduo então
se coloca em viagem em direção ao Oeste, para ver quando é que cairá no
precipício. Ao invés, viaja muito e, no final se encontra no ponto de onde
partiu. Desse modo, pensa: mas como pode, aqui nos ensinam a grande novidade da
terra plana e, que a idéia de que seja redonda, como sempre se acreditou desde
os tempos de Eratóstenes, nos é na realidade inculcada desde a infância; mas
então como é que viajando sempre a Oeste eu acabei chegando a Leste?
Bem, uma coisa deste tipo
aconteceu na Noruega, o lugar onde a paridade entre os sexos é máxima. O
cômico Harald Meldal Eia, estrela televisiva local, ficou curioso quando viu as
estatísticas nacionais, segundo as quais o 90% dos enfermeiros é de mulheres,
enquanto 90% dos engenheiros é de homens. Segundo a ideologia de gênero as
cifras deveriam ser metade-metade em cada profissão. Ao invés, exatamente onde
o acesso às profissões é mais livre e cada um pode escolher a que quiser, as
mulheres se dirigem para trabalhos classicamente femininos e os homens para
trabalhos classicamente masculinos. Com as possibilidades, Harald confeccionou
um documentário intitulado: “Lavagem cerebral. O
paradoxo da igualdade de gênero”. Caso você possua
quarenta minutos, use para ver no Youtube
(ndt.: aqui está o endereço com legendas em português: https://www.youtube.com/watch?v=G0J9KZVB9FM - Pode ser também este: https://www.youtube.com/watch?v=gwE4aPotnRE).
Eu o encontrei em um artigo de Federici
Cenci em Zenit.org.
Harald, com a face de Bertoldo,
mas em absoluta boa fé, foi
procurar esclarecer com a pesquisadora Cathrine Egeland, especialista em
temas de trabalho, e com Jorgen Lorentzen do Centro de Pesquisa
Interdisciplinar sobre Gênero da universidade de Oslo. Os dois responderam
unânimes que os estudos sobre a diversidade biológica entre masculino e
feminino são para ser considerados superados e que, na realidade, o “estereótipo” é inculcado nas
criaturas por vias culturais. O mesmo discurso foi feito por um ex-ministro
para a pari oportunidade. Harald,
perplexo, entrevista os seus filhos, duas meninas e um menino, e eles respondem
que eles nasceram assim. Para testar novamente, os leva a uma loja de
brinquedos e pergunta ao menino porque não lhe agrada a boneca. Ele diz que não
é uma menininha. Será, pensa Harald, porém os especialistas dizem que fui eu a
colocar na cabeça dele isso, mesmo se a mim não consta que tenha feito isso.
Pelo fato que a TV paga a
investigação a Harald, ele toma um avião e vai a San Francisco e depois a Cambridge, onde interroga os
maiores especialistas mundiais em biologia humana. Ainda mais: lhes faz ver o
vídeo das entrevistas que fez aos especialistas noruegueses de gênero. Tendo
visto e escutado os vídeos, em San Francisco e em Cambridge ficam atordoados.
Lhe fazem ver os estudos “superados”
e lhe dizem que na verdade são os mais recentes e acreditados. Dos quais
resulta que um recém-nascido de um dia (você leu corretamente: um dia) é
atraído por brinquedos masculinos, enquanto a recém-nascida da mesma idade é
atraída pela face das pessoas. Mostram-lhe meninos de nove meses livres para
circular entre os brinquedos: o mesmo resultado. Harald faz maliciosamente
notar aos expectadores que do Trinity College de Cambridge (para onde
foi) saíram em torno de 32 prêmios Nobel. Depois, retorna para a Noruega e
mostra aos especialistas de antes os resultados da sua investigação. Estes,
obviamente, fazem cara feia e respondem com slogan. Ou melhor, se perguntam com
irritação como pode que exista gente que insiste com a biologia, disciplina que
“superou” considerar que exista
algo que fazer com as diferenças entre homem e mulher. Harald agradece e vai
embora.
Porém, vai ao ar o
documentário através da TV nacional. A qual é vista em toda a Escandinávia. Disto nasceu um debate que durou
meses e terminou assim: em 2011 os governos locais suspenderam os
financiamentos ao Nordic Gender Institute, ponta de lança da ideologia
homônima. Mas, como sabemos, os que sustentam a idéia da terra plana possuem
dinheiro e apoio internacional potente. A novidade por isso será difusa nas
escolas e será preso quem afirmar que a terra é redonda. Pessoalmente, me preocuparei
mais pela segunda ameaça. De fato, as crianças, mesmo doutrinadas, que a terra
seja esférica mais cedo ou mais tarde descobrirão sozinhas.