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terça-feira, 21 de agosto de 2018

Falando sobre sua vida... Annan, a sua Onu foi mãe das ideologias que sofremos



O mundo está de luto pela morte de Kofi Annan, o primeiro africano à frente das Nações Unidas, prêmio Nobel pela Paz. Falando sobre sua vida... os seus fracassos em evitar os genocídios em Ruanda e Bósnia são já história e sob o seu mandato a Onu deu carta branca a Ongs, terceiro mundismo, ecologismo e ideologia de gênero como nunca visto antes.


Kofi Annan, o primeiro e único secretário geral das Nações Unidas africano negro, morreu em 18 de agosto em Berna. Tinha 80 anos e já há muito tempo vivia na Suíça, próximo a Genebra.

Nascido em Gana, em 1938, quando ainda o país era colônia britânica. Formado em 1957, o ano da independência, graças a uma bolsa de estudo nos Estados Unidos em 1961. Logo depois iniciou sua carreira dentro da Onu: primeiro na Oms, a Organização mundial para a saúde, depois como assistente do secretário geral, com diferentes encargos, o último dos quais de chefe de departamento para as operações de peacekepping, entre 1993 e 1994. Em 1995 foi nomeado subsecretário geral e em 1997 secretário geral, cargo que ocupou até 2006. Em 2012 foi enviado especial das Nações Unidas e da Liga Árabe para a Síria. Em 2013 se tornou presidente dos Elders, um grupo internacional de personalidade famosas, nascido em 2007, para defender os direitos humanos e do qual fazem parte entre outros Nelson Mandela, Jimmy Carter, Mary Robinson, Graça Machel, Ban Ki-moon e Desmond Tutu.

 “O primeiro secretário geral que saiu de dentro mesmo para o vértice da organização, constante defensor de direitos humanos, do desenvolvimento e do estado de direito – assim o recordam os Elders – comprometido por toda a vida com a causa da paz e por um mundo mais justo. Onde existia sofrimento e necessidade abriu um diálogo...”. Chefes de estado e personagens do mundo político internacional aos poucos foram rastreando esta palavras, elogiando o homem, o diplomata, o político. Entre os primeiros que enviaram mensagem de condolências o presidente russo Vladimir Putin, o primeiro ministro indiano Narendra Modi, o presidente de Gana Nana Akufo-Addo, todos elogiando o homem de paz que tanto fez pela segurança do mundo. Em 2001, Kofi Annan foi condecorado com o prêmio Nobel da paz, juntamente à Onu, pelo seu trabalho em campo humanitário.

Falando sobre sua vida... se encontrou na cúpula da Onu, com encargos de responsabilidade, em alguns casos dos momentos menos gloriosos da história da organização.

Dirigia o departamento para as operações de manutenção da paz na vigília do genocídio de Ruanda: quase um milhão de mortos em três meses em 1994, vítimas os Tutsi e os Hutu contrários aos massacres. A missão Onu Unamir, presente em Ruanda de outubro de 1993, é considerada um dos maiores fracassos das Nações Unidas, incapaz de um papel efetivo no momento da crise e causa das regras de engajamento que limitavam a ação destas e do retardo com o qual a Onu respondeu ao pedido do comandante das operações, Roméo Dallairedi para enviar com urgência um contingente de pelo menos 5.000 unidades.

No ano sucessivo Annan tinha se tornado subsecretário geral quando outro genocídio abalou o mundo: o massacre de Srebrenica, acontecido em um zona declarada protegida pela Onu, sob  tutela do contingente holandês da Unprofor, a Força de proteção instituída pelo Conselho de segurança em 1992. Além de 8.000 muçulmanos bósnios, na maioria homens jovens e adultos, foram assassinados pelo exército da República Sérvia da Bósnia e Herzegovina guiadas pelo general Ratko Mladic. 

Depois, em 2004, o seu filho Kojo foi envolvido no escândalo das tangentes pagas a Saddam Hussein estornando fundos no âmbito do programa milionário “Oil for food”, lançado para consentir ao Iraque de vender petróleo nos mercados internacionais em troca de alimento, medicamentos e outras ajudas à população iraquiana. A acusação a Kofi Annan era de não ter indagado adequadamente sobre o acontecido. Foi depois absolvido por falta de provas que levasse a conhecimento a atividade do filho, mas a desconfiança de que não tivesse agido corretamente permaneceu.

Kofi Annan considerava um dos seus maiores sucessos o Millenium Development Goals, um projeto multimilionário de luta contra a pobreza, discriminação e injustiça (praticamente tudo a cargo dos países ocidentais) articulado em oito pontos, oito objetivos a alcançar em 15 anos a partir do ano 2000. Mesmos se em alguns setores tinham registrado melhoramentos, em 2015 resultou que nenhum objetivo foi alcançado e de fato naquele ano a Onu inaugurou um novo projeto, os Objetivos de desenvolvimento sustentável pós-2015: 17 objetivos desta vez, ao custo de mais de três trilhões de dólares ao ano, sempre fornecidos pelos países desenvolvidos.

Falando sobre sua vida, se hoje as organizações não governamentais pretendem ser depositárias do bem e do justo, exigem que o seu modo de operar não venha discutido nem muito menos obstaculizado e por isso desafiam as leis internacionais e os governos, muito se deve a Kofi Annan que durante os seus mandatos elevou de centenas a milhares o número das Ong e das associações com status consultivos na Onu atribuindo a elas funções e competências sempre mais importantes. Para a Onu, desde então, as Ong se tornaram, para usar as palavras de Kofi Annan, “os verdadeiros guardiães da democracia e do bom governo em qualquer parte”, interpretes das necessidades humanas negadas, única, autêntica expressão de democracia e voz das minorias, dos marginalizados, dos fracos, dos sujeitos discriminados”.

Chegou a envolvê-las na preparação de grandes eventos como, por exemplo, a Conferência mundial contra o racismo acontecida em 2001em Durban, na preparação e na gestão da qual o Palácio de Vidro deu o pior de si, confirmando de ser já terreno e arma de ataque ao Ocidente cristão. Nos anos de Kofi Annan, de fato, a Onu deu autoridade, meios e voz à ideologia ambientalista catastrófica, que prevê a próxima morte da Terra reduzida a uma rocha estéril e quente pelas mãos do Ocidente, à ideologia do terceiro mundismo, que acusa o Ocidente de depredar todas as riquezas do mundo tornando-o sempre mais pobre e desesperado, e à ideologia feminista, na sua forma extrema. É na Onu de Kofi Annan, isso deve ser recordado, que tomou forma e se afirmou a ideologia de gênero.

Fonte:
http://www.lanuovabq.it/it/annan-la-sua-onu-fu-madre-delle-ideologie-che-subiamo

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