Pesquisar no blog

terça-feira, 30 de outubro de 2018

"O voto católico de esquerda?", por Dr. Fernando Maia



 Passadas as emoções das eleições, resolvi escrever esta reflexão sobre os últimos acontecimentos de fundo político ideológico em nosso país e no mundo. É lamentável a violência com que a família tradicional vem sendo atacada, e não falo somente dos ataques diretos e objetivos, falo dos ataques velados, disfarçados de discursos politicamente corretos, mas com dupla intenção.

A velha política da esquerda, voltada para plantar em conta gotas (técnica de manipulação em massa) a tentativa de destruir valores morais e éticos, utilizando sofismas que encantam os incautos e a nossa juventude, muitas vezes na universidade. Em todo o mundo, a cor da esquerda é vermelha, seus discursos são mantras repetitivos e a "justiça social" é o tema que recruta os mais ingênuos, mesmo os mais intelectuais, que se recusam enxergar outra verdade; porém, é claro que há os astutos e conscientes dos fatos, esses sim, são perigosos, pois sabem muito bem onde querem chegar.

Como católico, que procura estudar para entender melhor a minha fé, não consigo entender como leigos católicos, padres e bispos, possam ir contra encíclicas papais austeras e assustadoramente contundentes em relação ao comunismo e todas as usas vertentes (socialismo, maoismo etc). São elas:

1- Qui Pluribus / 1846 (Papa Pio IX – que nessa época já combatia vigorosamente as ideias de Marx)
2- Quod Apostolici Muneris / 1878 (Papa Leão XIII)
3- Rerum Novarum / 1891 (Papa Leão XIII)
4- Quadragesimo Anno / 1931 (Papa Pio XI – Carta Magna da doutrina social católica)
5- Divini Redemptoris / 1937 (Papa Pio XI)
6- Mater et Magistra / 1961 (Papa João XXIII)
7- Centesimus Annus / 1991 (Papa João Paulo II)

Segundo estes documentos do Magistério, a Igreja Católica Apostólica Romana extirpa qualquer dúvida com relação de uma complacência ou animosidade com qualquer idéia socialista ou comunista, chegando ao extremo de definir excomungado todo aquele que assim proceder. Isso é o que me deixa mais abismado: como a teologia da libertação pode encontrar como adeptos bispos, sacerdotes e leigos católicos, compactuando ideais, partidos e personalidades abertamente comunistas.

Pela falta de conhecimento ou desobediência de fato ao catecismo da Igreja que explicita o total repúdio ao comunismo e qualquer envolvimento com seus ideais, vemos parentes e amigos, bispos, sacerdotes e leigos praticantes defendendo e elegendo candidatos que se contrapõem frontalmente a fé católica e a fé cristã dos irmãos evangélicos também.

Se você vota em um candidato porque ele se declara a favor dos trabalhadores, cuidado, esse foi o grande alarde feito pelo Papa Pio XI (cf.Encíclica “Divini Redemptoris”, de 19 de março de 1937,n.8):

“A doutrina comunista que em nossos dias se apregoa, de modo muito mais acentuado que outros sistemas semelhantes do passado, apresenta-se sob a máscara de redenção dos humildes. E um pseudo-ideal, de justiça, de igualdade e de fraternidade universal no trabalho de tal modo impregna toda a sua doutrina e toda a sua atividade dum misticismo hipócrita, que as multidões seduzidas por promessas falazes e como que estimuladas por um contágio violentíssimo lhes comunica um ardor e entusiasmo irreprimível, o que é muito mais fácil em nossos dias, em que a pouco equitativa repartição dos bens deste mundo dá como consequência a miséria anormal de muitos.”

É muito chocante ver o que vem acontecendo até agora nos governos ditos socialistas no Brasil, com os ataques sempre crescentes à família tradicional, à religião, ao enaltecimento da promiscuidade através de manifestações ditas feministas como o movimento das vadias enfiando crucifixo no ânus, quebrando imagens, defecando e urinando em igrejas, ironizando o aborto de Jesus Cristo, manifestações de ironia e desprezo pelo Cristo nas paradas lgbts, exposições em museus desrespeitando a fé cristã, homem nu sendo tocado por crianças, professora ensinando alunos como colocar camisinha com a boca em um pênis de plástico num aluno, imoralidade em novelas, programas de televisão...

Você que vota em candidatos de esquerda porque acredita ingenuamente que estes defendem a democracia, direitos dos trabalhadores e justiça social, parabéns! É porque não está incomodado com a tentativa de legalização do aborto, de implantação da ideologia de gênero para seus filhos e netos, e muito menos a descriminalização da pedofilia, a impunidade para os corruptos e criminosos, o apoio a ditaduras de esquerda pelo mundo afora etc.

Que Deus nos ajude a ver as coisas com mais clareza, para seguirmos seu Filho pelo caminho correto...

Dr. Fernando Maia

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

A administração Trump quer o gênero definido em uma base biológica



Giulia Tanel       

A administração Trump está tomando em séria consideração a possibilidade de dar uma definição restritiva do “gender”, como condição biológica imutável e definida desde o momento do nascimento O que, traduzido, significa que se nasce como pertencente a um determinado sexo (masculino ou feminino) e que não é possível mudar a própria identidade sexuada no curso da vida.

Um procedimento de simples bom senso, sustentará alguém, mesmo se ainda não tão óbvio. Tanto que os principais jornais americanos, ao dar a notícia, colocaram títulos de teor trágico, votado à perda de “direitos” por parte de milhões de pessoas; e não diferente foi a Ansa, com um Trump prepara para dificultar a questão transgender, que dá a entender – como depois explicitado dentro da notícia – que “a administração Trump está pronta para dificultar os direitos adquiridos pelas pessoas transgender na administração de Obama”.

De fato, se esta nova iniciativa de Trump tivesse que encontrar espaço, lamentam os que propõem “direitos para todos”, em torno de 1,4 milhões de pessoas americanas que escolheram reconhecer-se no sexo oposto ao do nascimento, através da via cirúrgica ou não, irão ver a destruição do reconhecimento adquirido durante a era Obama, quando o conceito de sexo biológico tinha sofrido um afrouxamento, em favor de um determinismo individual que iria recair sobre toda a sociedade (com lutas sobre banheiros, dormitórios, prisões etc...).

Mas, vamos ao específico da mudança lançada pela administração Trump. Escreve o The American Conservative, retomando o memorandum obtido pelo New York Times: «Agora o Departamento de saúde e dos serviços humanos está guiando um esforço para estabelecer uma definição legal de sexo sob o Título IX, da lei federal sobre direitos civis que veta a discriminação de gênero nos programas de instrução que recebem assistência financeira do governo”. O Departamento declarou que “as principais agências governativas tinham necessidade de adotar uma definição explícita e uniforme de gênero determinada ‘sobre a base biológica clara, fundada na ciência, objetica e gerenciável’”. A definição proposta pela agência definirá o sexo como masculino ou feminino, imutável e determinado pelos genitais com o qual uma pessoa nasceu (...). Qualquer disputa sobre o próprio sexo deverá ser esclarecida usando testes genéticos”.

Para prevenir qualquer tipo de desentendimento, o Departamento fornece uma explicação ainda mais clara e inequívoca: “Sexo indica o status de uma pessoa como masculino ou feminina, baseado nos traços biológicos imutáveis identificáveis antes do nascimento ou no nascimento” e “o sexo elencado no certificado de nascimento de uma pessoa, como originalmente emitido, constituirá uma prova definitiva do sexo de uma pessoa, a menos que não seja confutado por provas genéticas confiáveis”. Em suma, se a coisa tivesse que ir em questão, voltaria ao sistema binário pelo qual ou se pertence ao mundo XX, ou ao mundo XY, com boa paz para todos os outros possíveis gêneros cunhados nestes últimos anos ao fim de catalogar todo singular “sentimento” pessoal. Fazendo assim, se tornará a confirmar que masculino e feminino são iguais em dignidade, mas radicalmente diferentes... e, como consequência, não será nem mesmo mais assim fácil, para alguém nascido masculino que se crê mulher, vencer as competições esportivas de categoria feminina graças ao “surplus” de testosterona típico do sexo masculino, como recentemente acontecido – suscitando diversas polêmicas – o ciclista canadense Rachel McKinnon.


Fonte: http://www.iltimone.org/news-timone/lamministrazione-trump-dice-si-nasce/

terça-feira, 16 de outubro de 2018

OCIDENTE DEPRIMIDO: O ministério inglês anti-suicídio e a felicidade nigeriana



Theresa May instituiu um ministério para a prevenção do suicídio pensando que a causa seja a discriminação. A mesma pela qual se defende o direito a fazer, professar e ser o que se quer, independentemente da realidade dos fatos. Ainda assim são muitos os sinais que dizem que a felicidade se encontra na aceitação do limite, o mais evidente está na “pobre” Nigéria que, porém, escreve o The Guardian, “encontra esperança em Cristo”.





Antes mesmo de perguntar-se o porquê de um surto de suicídios crescente, o Reino Unido de Theresa May decidiu de instituir um ministério para a prevenção do suicídio dirigido por Jackie Doyle-Price.  O número inglês das pessoas que retiram a própria vida a cada ano é de fato imenso (4.500), com uma onda nos últimos cinco anos entre os adolescentes de 15 a 19 anos devido principalmente à alienação da tecnologia que agravou a fragilidade deles.

Explicando que existirá um plano de prevenção também nas escolas e entre os menores, a May não especificou qual seja a causa principal da praga, mesmo se pelo nome dado ao departamento, “Ministério da Saúde Mental, das Desigualdades e da Prevenção ao Suicídio” se pode perceber a tendência do governo em pensar qual seja a culpa do desespero crescente. A campanha moderna contra as desigualdades nasce de fato da reinvindicação dos direitos em base ao sexo de pertença que hoje foi declinado no direito a fazer, professar e ser o que se quer, independentemente da realidade dos fatos. Pelo qual hoje nas escolas inglesas, desde a infância, se ensinam os ditos “direitos Lgbt”, é proibido o uso de pronomes masculinos e femininos, abrindo banheiros gender free e deixando espaço a todo credo e religião mesmo se não se trate da “cristã” que se opõe a tudo isto. Poderia, portanto, se pensar que os planos de prevenção ao suicídio seja um reforço ulterior destas políticas nascidas da ideia que o limite seja a fonte de frustração e que por isso deve ser eliminado. 

Ainda assim um mínimo de lógica deveria pelo menos levar a classe dirigente a perguntar-se porque quando a sociedade respeitava mais os vínculos naturais e os deveres sociais, o índice dos suicídios era muito menor. Levando em conta que quando tudo isto foi disseminado a solidariedade decaiu e a Inglaterra dos caprichos do arco-iris, da fecundação artificial em todos os molhos, da contracepção, do aborto maciço, das mães individuais e do “islamicamente correto” se tornou o primeiro país Europeu na classificação daqueles entre os quais o individualismo, ao qual se ligam  “a ânsia e a infelicidade”, é mais difuso. Não por acaso uma pesquisa da Northwestern University de Evanston (Illinois) mostra quanto a depressão seja um fenômeno ocidental, praticamente desconhecido nas sociedades talvez menos desenvolvidas, mas que vivem uma solidariedade interna maior.

Existe depois outro dado do qual a Grã Bretanha colocou em prática, mas que parece não saber ler nem ligar ao problema dos suicídios. Foi o Time mesmo a dar-nos destaque no início do mês, falando do estudo publicado no Journal Healt Psychology que liga a depressão e a doença física ao incremento da solidão, enquanto o matrimônio obtém o efeito oposto. As pesquisas, feitas com 19 mil pessoas casadas, falam também do “para sempre” como da salvaguarda de “identidade significativa e de uma razão pela qual viver”. Mas, sobretudo emerge que a relação entre cônjuges gera maior bem estar e felicidade que aquela entre amigos. Por isso, esclareceram os pesquisadores, “pensamos que exista algo de mais específico na relação conjugal em relação a outras relações sociais”.

Ainda assim, não obstante todos estes sinais do fato que é a ausência de vínculos a gerar angústia (não a presença deles), chamando à necessidade de retornar a uma ordem natural a qual obedecer, a Inglaterra pensa que pode resolver a difusão dos suicídios com as políticas de inclusão. Aquelas mesmas que têm profundamente a que ver com a solidão no conceber a própria pessoa como uma fonte de direitos absolutos separada de qualquer dever, responsabilidade e realização humana a qual responder (veja a contracepção, o aborto, a mudança de sexo maciço entre os jovens ingleses etc..)

Mas a verdadeira resposta à crise, da qual depois nasce a aceitação dos limites e de relacionamentos duradouros, a deu exatamente o quotidiano progressista The Guardian, que em julho foi a Nigéria, descobrindo que um dos países mais miseráveis e “desventurado” do mundo é também o mais feliz. O enviado entrevistou quarenta pessoas das mais miseráveis, descobrindo que somente uma delas tinha problemas de depressão e encontrando-as chocadas ao se sentirem interrogadas: “Já pensou alguma vez em suicídio?” porque entre esta gente a ideia que não valha a pena viver não é nem distantemente contemplada.  Nem mesmo quando o sofrimento é dos piores, enquanto bastam também leves frustrações para levar o homem ocidental a encher-se de antidepressivos, droga ou, por que não, a pensar na eutanásia.

Assim, diante da pergunta sobre suicídio, um pobre nigeriano se sente também ofendido. “Por quê?”, se perguntou o enviado habituado a uma difusa propensão a este pensamento entre os europeus? A responder-lhe sem arrodeio deslocando uma mente “avançada” foi um motorista desempregado há muito tempo: “O sofrimento às vezes é até mesmo bom. Cristo disse que neste mundo existiria o sofrimento... se vivêssemos em um mundo sem sofrimento, seria anormal”. No artigo se faz perceber que a fé não tem o mesmo efeito sobre os que creem na Inglaterra cujo estilo de vida, obsessivo pela estabilidade, pela segurança e pelo controle (influenciado pela mentalidade mundana) não se diferencia tanto daquele dos ateus do próprio país.

Pelo contrário, os nigerianos, distantes do racionalismo materialista, aceitam o sofrimento como parte da vida, na certeza de que exista “o além – a continuação da vida que dá sentido à vida”, explica o enviado. “Se realmente a vida continua, então esta é uma fase – esta falta, esta doença, esta privação... Mas se a vida termina aqui, se todos os caros que morreram de fato desapareceram para sempre, se não será feita justiça para todos os erros que sofri neste mundo, então como pode realizar-se a felicidade?”. Um paliativo, um ópio, se poderia afirmar. Será, mas por que então não existe nada mais, nenhum curso de yoga, filosofia ou antidepressivo, capaz de debelar a depressão, o stress e a infelicidade sem dever censurar nada da realidade (nem mesmo o sofrimento)?


Fonte:
http://www.lanuovabq.it/it/il-ministero-inglese-anti-suicidi-e-la-felicita-nigeriana