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quarta-feira, 24 de outubro de 2018

A administração Trump quer o gênero definido em uma base biológica



Giulia Tanel       

A administração Trump está tomando em séria consideração a possibilidade de dar uma definição restritiva do “gender”, como condição biológica imutável e definida desde o momento do nascimento O que, traduzido, significa que se nasce como pertencente a um determinado sexo (masculino ou feminino) e que não é possível mudar a própria identidade sexuada no curso da vida.

Um procedimento de simples bom senso, sustentará alguém, mesmo se ainda não tão óbvio. Tanto que os principais jornais americanos, ao dar a notícia, colocaram títulos de teor trágico, votado à perda de “direitos” por parte de milhões de pessoas; e não diferente foi a Ansa, com um Trump prepara para dificultar a questão transgender, que dá a entender – como depois explicitado dentro da notícia – que “a administração Trump está pronta para dificultar os direitos adquiridos pelas pessoas transgender na administração de Obama”.

De fato, se esta nova iniciativa de Trump tivesse que encontrar espaço, lamentam os que propõem “direitos para todos”, em torno de 1,4 milhões de pessoas americanas que escolheram reconhecer-se no sexo oposto ao do nascimento, através da via cirúrgica ou não, irão ver a destruição do reconhecimento adquirido durante a era Obama, quando o conceito de sexo biológico tinha sofrido um afrouxamento, em favor de um determinismo individual que iria recair sobre toda a sociedade (com lutas sobre banheiros, dormitórios, prisões etc...).

Mas, vamos ao específico da mudança lançada pela administração Trump. Escreve o The American Conservative, retomando o memorandum obtido pelo New York Times: «Agora o Departamento de saúde e dos serviços humanos está guiando um esforço para estabelecer uma definição legal de sexo sob o Título IX, da lei federal sobre direitos civis que veta a discriminação de gênero nos programas de instrução que recebem assistência financeira do governo”. O Departamento declarou que “as principais agências governativas tinham necessidade de adotar uma definição explícita e uniforme de gênero determinada ‘sobre a base biológica clara, fundada na ciência, objetica e gerenciável’”. A definição proposta pela agência definirá o sexo como masculino ou feminino, imutável e determinado pelos genitais com o qual uma pessoa nasceu (...). Qualquer disputa sobre o próprio sexo deverá ser esclarecida usando testes genéticos”.

Para prevenir qualquer tipo de desentendimento, o Departamento fornece uma explicação ainda mais clara e inequívoca: “Sexo indica o status de uma pessoa como masculino ou feminina, baseado nos traços biológicos imutáveis identificáveis antes do nascimento ou no nascimento” e “o sexo elencado no certificado de nascimento de uma pessoa, como originalmente emitido, constituirá uma prova definitiva do sexo de uma pessoa, a menos que não seja confutado por provas genéticas confiáveis”. Em suma, se a coisa tivesse que ir em questão, voltaria ao sistema binário pelo qual ou se pertence ao mundo XX, ou ao mundo XY, com boa paz para todos os outros possíveis gêneros cunhados nestes últimos anos ao fim de catalogar todo singular “sentimento” pessoal. Fazendo assim, se tornará a confirmar que masculino e feminino são iguais em dignidade, mas radicalmente diferentes... e, como consequência, não será nem mesmo mais assim fácil, para alguém nascido masculino que se crê mulher, vencer as competições esportivas de categoria feminina graças ao “surplus” de testosterona típico do sexo masculino, como recentemente acontecido – suscitando diversas polêmicas – o ciclista canadense Rachel McKinnon.


Fonte: http://www.iltimone.org/news-timone/lamministrazione-trump-dice-si-nasce/

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