O mundo comemora os 70 anos da Declaração
Universal dos Direitos Humanos; mas é preciso que façamos algumas observações
críticas para não engolir a todo custo visões incompletas sobre esta questão:
a) É
preciso compreender que os direitos humanos devem ter como base os direitos
naturais.
b) Deve-se
perceber que existiram países que não assinaram o documento, estes eram da
linha soviética e islâmica e que estes, ainda hoje, continuam rejeitando estes
princípios.
c) É
preciso perceber que ali onde a vida humana foi concebida existe também um ser
humano. Não é estranho que a própria ONU defenda os direitos humanos e ao mesmo
tempo apoie políticas abortivas?
d) Como
entender que animais sejam mais protegidos que seres humanos?
Propomos, a seguir, um trecho do
discurso do Papa Bento XVI sobre esta questão, feito em dezembro de 2008:
A Declaração Universal
dos Direitos do Homem, que constitui ainda hoje um elevadíssimo ponto de
referência do diálogo intercultural sobre a liberdade e sobre os direitos do
homem. A dignidade de cada homem só é
verdadeiramente garantida quando todos os seus direitos fundamentais são
reconhecidos, tutelados e promovidos. Desde sempre a Igreja reafirma que os
direitos fundamentais, além das diferentes formulações e do diverso peso que
podem revestir no âmbito das várias culturas, são um dado universal, porque
está ínsito na própria natureza do homem. A
lei natural, escrita por Deus na consciência humana, é um denominador comum a
todos os homens e a todos os povos; é um guia universal que todos podem
conhecer e em cuja base todos se podem compreender. Por fim, os direitos do homem estão, portanto, fundados em Deus
criador, o qual concedeu a cada um a inteligência e a liberdade. Se se
prescinde desta sólida base ética, os direitos humanos permanecem frágeis
porque privados de fundamento sólido.
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