“Última chamada para salvar o
planeta”; “Somente 12 anos para inverter a tendência”; “Já é muito tarde”. O
bombardeamento propagandístico destes dias introduzia na Conferência sobre o
clima aberta ontem em Katowice (Polônia). Mas um livro escrito por alguns
cientistas italianos desmonta a teoria do aquecimento global antropogênico.
E também este ano é a última
chamada para salvar o planeta. É já um roteiro conhecido o que se recita a cada
Conferência anual sobre o clima sob a égide da Onu, e o encontro deste ano em
Katowice, a Polônia, aberto ontem, não faz exceção. Basta dar uma olhada nos
jornais e nos noticiários destes dias, cheios de alarmes e relatórios que falam
de um mundo em agonia por causa do aquecimento global provocado pelo homem; e
de datas limites para evitar a catástrofe final que, como as Testemunhas de
Jeová descrevem sobre o fim do mundo, são deslocadas sempre um pouco mais para
a frente no tempo.
A de Katowice é a Cop24, ou
melhor, a 24ª Conferência das partes que aderiram à Convenção-Quadro
das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas (Unfccc) entrada em vigor em
1994. No centro do encontro, que durará duas semanas, está a verificação dos
acordos de Paris (2015), que preveem o compromisso de realizar políticas para
conter até o final do século o aumento das temperaturas entre 2º C (melhor se
1.5) em relação aos níveis pré-industriais (desde então, portanto em 200 anos
aproximadamente, houve um aumento de 0,9º C).
Este ano, os dados mais
populares se referem à previsão que o limiar psicológico dos 1.5º C possa
ser superado já entre 2030 e 2050, e o aumento da concentração de CO2 na
atmosfera chegado à cifra recorde de 405.5 ppm (parte por milhões), nível
jamais alcançado – dizem – nos últimos 3-5 milhões de anos.
As previsões de catástrofes
são acompanhadas inevitavelmente pelos lamentos e pelas pressões sobre
políticos, incapazes de tomar decisões drásticas adequadas à ameaça que paira
sobre a humanidade. E pode crer, as medidas políticas e econômicas para “parar
o clima” são draconianas: interromper as emissões de CO2 imediatamente para
poder chegar a emissões 0 em 2050; reconversão urgente das fontes de energia
que devem ser todas renováveis no espaço de tempo de vinte anos; a redescoberta
da lenha como material de construção (e as florestas?), e assim por diante.
Qual é o político sadio de mente que investiria boa parte da balança estatal
para levar novamente o seu povo para a época precedente à Revolução industrial
(porque é disso que se trata)? Além disso, em base a teorias científicas ainda a
serem demonstradas apesar de que se quer fazer crer o contrário.
E então, nestes dias nos quais
seremos envenenados e angustiados por previsões catastróficas que
responsabilizam os cidadãos individuais, pode valer a pena assumir um antídoto:
um livro escrito por um grupo de cientistas italianos que já há algum tempo se
opõe a esta histeria coletiva em relação ao clima, e convida todos a usar a
razão. O livro foi publicado exatamente nestes dias e se intitula “Clima, basta catastrofismi”
(Clima, basta de catastrofismos), editora 21mo Secolo. Retomo algumas
pílulas, somente para ajudar o processo de desintoxicação feito por previsões
catastróficas.
Comecemos pelo dióxido de
carbono, o famigerado CO2: hoje a concentração na atmosfera é pouco
mais de 400 partes por milhão (ppm), antes da revolução industrial era em torno
de 300. O aumento nestes anos foi,
portanto de 100 ppm, que se desejaria considerar resultado totalmente da
atividade humana. Mas, enquanto a concentração de CO2 aumentou em modo linear,
o grande salto no uso dos combustíveis fósseis acontece depois da Segunda
guerra mundial, e a temperatura teve muitos altos e baixos. Basta recordar que
nos anos 70 os alarmes sobre o clima se referiam a uma proximidade da era
glacial e não ao aquecimento. Permanecendo, porém à concentração, realmente
estas 400 ppm são tantíssimas? E a lacuna de 100ppm do início da Revolução industrial?
Proponho esta comparação: “A sala da vossa casa (ndt.: aqui, o autor usa o
termo italiano “tinello”, que acredito se refira ao gás consumido em casa) será
de 100 metros cúbicos, ou seja 100 mil litros: 100 ppm são equivalentes a 10
litros. Mas 10 litros de gás nas condições ordinárias de pressão e temperatura
consistem em menos de meio mol de gás. No
caso do CO2, meio mol de carbônio significa seis gramas de carbônio, que é o
carbônio contido em uma velinha de um bolo de aniversário. Resumindo: todas as
atividades da inteira humanidade dos últimos 160 anos comportaram na sala da
vossa casa um aumento de CO2 comparável àquele que se obtém queimando uma
velinha. Esta é a consistência do fenômeno do qual tanto se fala...”.
Acrescentemos também outro
dado: não é verdade que por causa do aquecimento global aumentaram os
eventos extremos (furacões, precipitações violentas etc...); “não é preciso
confundir a poluição com aquecimento global”; não é verdade que 97% dos
cientistas de clima compartilham a atribuição ao homem da causa do aquecimento
global registrado desde 1850 até hoje; a história do clima nos diz que
existiram outros períodos de aquecimento, como por exemplo, durante o Império
romano e na Idade média; que coincidentemente os cientistas chamam “optimum”
“porque favoráveis à vida humana e à agricultura; a previsão do clima futuro
através da aplicação de modelos matemáticos de tipo GCM não é ainda praticável com
nível de precisão suficiente para justificar as escolhas operativas”.
Existe obviamente muito mais, mas
existirá tempo nestas duas semanas de ler outras páginas deste volume, para
evitar o envenenamento por catastrofismo.
Fonte:
http://www.lanuovabq.it/it/cambiamenti-climatici-un-antidoto-al-catastrofismo
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