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terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Mudança climática, um antídoto ao catastrofismo



“Última chamada para salvar o planeta”; “Somente 12 anos para inverter a tendência”; “Já é muito tarde”. O bombardeamento propagandístico destes dias introduzia na Conferência sobre o clima aberta ontem em Katowice (Polônia). Mas um livro escrito por alguns cientistas italianos desmonta a teoria do aquecimento global antropogênico.


E também este ano é a última chamada para salvar o planeta. É já um roteiro conhecido o que se recita a cada Conferência anual sobre o clima sob a égide da Onu, e o encontro deste ano em Katowice, a Polônia, aberto ontem, não faz exceção. Basta dar uma olhada nos jornais e nos noticiários destes dias, cheios de alarmes e relatórios que falam de um mundo em agonia por causa do aquecimento global provocado pelo homem; e de datas limites para evitar a catástrofe final que, como as Testemunhas de Jeová descrevem sobre o fim do mundo, são deslocadas sempre um pouco mais para a frente no tempo. 

A de Katowice é a Cop24, ou melhor, a 24ª Conferência das partes que aderiram à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas (Unfccc) entrada em vigor em 1994. No centro do encontro, que durará duas semanas, está a verificação dos acordos de Paris (2015), que preveem o compromisso de realizar políticas para conter até o final do século o aumento das temperaturas entre 2º C (melhor se 1.5) em relação aos níveis pré-industriais (desde então, portanto em 200 anos aproximadamente, houve um aumento de 0,9º C). 

Este ano, os dados mais populares se referem à previsão que o limiar psicológico dos 1.5º C possa ser superado já entre 2030 e 2050, e o aumento da concentração de CO2 na atmosfera chegado à cifra recorde de 405.5 ppm (parte por milhões), nível jamais alcançado – dizem – nos últimos 3-5 milhões de anos.

As previsões de catástrofes são acompanhadas inevitavelmente pelos lamentos e pelas pressões sobre políticos, incapazes de tomar decisões drásticas adequadas à ameaça que paira sobre a humanidade. E pode crer, as medidas políticas e econômicas para “parar o clima” são draconianas: interromper as emissões de CO2 imediatamente para poder chegar a emissões 0 em 2050; reconversão urgente das fontes de energia que devem ser todas renováveis no espaço de tempo de vinte anos; a redescoberta da lenha como material de construção (e as florestas?), e assim por diante. Qual é o político sadio de mente que investiria boa parte da balança estatal para levar novamente o seu povo para a época precedente à Revolução industrial (porque é disso que se trata)? Além disso, em base a teorias científicas ainda a serem demonstradas apesar de que se quer fazer crer o contrário. 

E então, nestes dias nos quais seremos envenenados e angustiados por previsões catastróficas que responsabilizam os cidadãos individuais, pode valer a pena assumir um antídoto: um livro escrito por um grupo de cientistas italianos que já há algum tempo se opõe a esta histeria coletiva em relação ao clima, e convida todos a usar a razão. O livro foi publicado exatamente nestes dias e se intitula “Clima, basta catastrofismi” (Clima, basta de catastrofismos), editora 21mo Secolo. Retomo algumas pílulas, somente para ajudar o processo de desintoxicação feito por previsões catastróficas.

Comecemos pelo dióxido de carbono, o famigerado CO2: hoje a concentração na atmosfera é pouco mais de 400 partes por milhão (ppm), antes da revolução industrial era em torno de 300.  O aumento nestes anos foi, portanto de 100 ppm, que se desejaria considerar resultado totalmente da atividade humana. Mas, enquanto a concentração de CO2 aumentou em modo linear, o grande salto no uso dos combustíveis fósseis acontece depois da Segunda guerra mundial, e a temperatura teve muitos altos e baixos. Basta recordar que nos anos 70 os alarmes sobre o clima se referiam a uma proximidade da era glacial e não ao aquecimento. Permanecendo, porém à concentração, realmente estas 400 ppm são tantíssimas? E a lacuna de 100ppm do início da Revolução industrial? Proponho esta comparação: “A sala da vossa casa (ndt.: aqui, o autor usa o termo italiano “tinello”, que acredito se refira ao gás consumido em casa) será de 100 metros cúbicos, ou seja 100 mil litros: 100 ppm são equivalentes a 10 litros. Mas 10 litros de gás nas condições ordinárias de pressão e temperatura consistem em menos de meio mol de gás.  No caso do CO2, meio mol de carbônio significa seis gramas de carbônio, que é o carbônio contido em uma velinha de um bolo de aniversário. Resumindo: todas as atividades da inteira humanidade dos últimos 160 anos comportaram na sala da vossa casa um aumento de CO2 comparável àquele que se obtém queimando uma velinha. Esta é a consistência do fenômeno do qual tanto se fala...”. 

Acrescentemos também outro dado: não é verdade que por causa do aquecimento global aumentaram os eventos extremos (furacões, precipitações violentas etc...); “não é preciso confundir a poluição com aquecimento global”; não é verdade que 97% dos cientistas de clima compartilham a atribuição ao homem da causa do aquecimento global registrado desde 1850 até hoje; a história do clima nos diz que existiram outros períodos de aquecimento, como por exemplo, durante o Império romano e na Idade média; que coincidentemente os cientistas chamam “optimum” “porque favoráveis à vida humana e à agricultura; a previsão do clima futuro através da aplicação de modelos matemáticos de tipo GCM não é ainda praticável com nível de precisão suficiente para justificar as escolhas operativas”.

Existe obviamente muito mais, mas existirá tempo nestas duas semanas de ler outras páginas deste volume, para evitar o envenenamento por catastrofismo.

Fonte:
http://www.lanuovabq.it/it/cambiamenti-climatici-un-antidoto-al-catastrofismo

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