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quarta-feira, 6 de março de 2019

São fonte de milagres os 21 mártires coptas decapitados na Líbia



Os cristãos de todo o mundo choraram em fevereiro de 2015 quando o Estado Islâmico decapitou 21 cristãos coptas na Líbia. O ISIS disse a estes 21 homens que se renegassem Jesus, suas vidas seriam poupadas. Todavia, aqueles homens, ao invés, escolheram repetir as palavras: “Senhor Jesus Cristo”.

Os mártires coptas foram recordados também pelo Papa Francisco na mensagem que enviou em janeiro passado à Igreja copta ortodoxa do Egito, na solenidade do Natal: “Caríssimos irmãos e irmãs, vós tendes mártires que dão força à vossa fé. Obrigado pelo vosso exemplo”.

Já em 2015, o patriarca Tawadros inseriu os nomes das 21 vítimas no Sinassario, o equivalente oriental do martirológio romano. Um procedimento que equivale à canonização na Igreja latina. O martírio destes 21 fiéis é comemorado no 8 de Amshir do calendário copto (ou seja, no 15 de fevereiro do calendário gregoriano).


13 dos 21 mártires coptas provinham da cidade egípcia de Al-Aour, que se tornou agora meta de peregrinação e onde todos “falam de milagres”. O afirma o jornalista e estudioso alemão Martin Mosebach ao Christian Post, depois de ter visitado El-Aour. Ele falou com parentes e familiares dos trabalhadores assassinados pelo ISIS, os quais contaram histórias dos milagres fruto da fé e do sacrifício dos seus mártires.

Mosebach recolheu testemunhos e colocou em um livro intitulado “I 21 – Un viaggio nella terra dei martiri copti” (ndt.: os 21 – Uma viagem na terra dos mártires coptas). “Um vilarejo pobre e sujo” recorda, mas cheio de pessoas “ricas de fé”. “Na espiritualidade dos coptas – acrescenta – os milagres revestem um componente essencial” e entre os habitantes “todos falam de milagres”.

Muitos afirmam que estes mártires intercedem para curar algumas pessoas. É o caso de um dos filhos de um mártir que, tendo caído de uma altura de 6 metros quebrou o braço em muitos lugares. Ao acordar, ele contou que sonhou com o pai que o segurava durante a queda; alguns dias depois, uma radiografia revelou que não apresentava nenhuma ferida e também as fraturas no braço tinham sido curadas.

Interpelado pela AsiaNews p. Rafic Greiche, porta- voz da Igreja católica egípcia, confirma as vozes sobre os milagres, entre os quais curas sem explicações científicas ou “ícones que vertem lágrimas” em algumas casas dos parentes dos mártires. “Certo – adverte – é preciso prestar atenção e não dizer logo que é milagre, mesmo que sejam pessoas simples que querem acreditar fortemente nesses sinais do céu. Talvez tenham também razão – acrescenta – mas devemos usar da cautela e esperar estudos e confirmações, como acontece na Igreja católica que possui uma abordagem mais cautelosa que a copta”.

O governo de Al-Sisi, depois do massacre dos cristãos na praia Líbia de Sirte decidiu construir uma Igreja copta dedicada a eles. Hoje a igreja se chama a Igreja dos Mártires pela Fé e pela Pátria e se encontra agora em El-Aour, no Egito. (fonte)



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