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quinta-feira, 11 de julho de 2019

Dress code na Missa: modéstia, please




Andrea Zambrano

A revolução sexual pôde ser tão potente também graças à moda, que nasceu na França e na Itália, mas nos estados Unidos conheceu a sua chave erótica mais explícita. Moda e sexo no imaginário coletivo americano forjaram inteiras gerações. E assim que a liberdade de vestir-se sexualmente provocantes contagiou outros contextos, como por exemplo aqueles em que geralmente as roupas devem ser dignas. Na Missa, por exemplo, onde no passar dos anos assistimos realmente a tudo.

E não é por acaso que agora a reação a estes excessos chegue sempre da mesma terra que os gerou.

Exatamente nos Estados Unidos o debate sobre a roupa a ser utilizada na igreja é mais vivo que nunca ou pelo menos não é tabu como entre nós. Discute-se e a fazê-lo são tanto os religiosos como os leigos em nada preocupados do juízo dos outros.

O National Catholic Register deu início a um singular debate depois do caso de um sacerdote, padre Kevin Cusick, o qual pediu às mulheres de exercitar maior modéstia no vestir para ajudar o padre a proteger a pureza dos homens durante a Santa Missa escolhendo de vestir-se modestamente. Foi criticado na redes sociais.

Assim o jornal católico experimentou sentir o pulso de dois leigos e dois sacerdotes. As respostas, especificamente dos leigos são realmente confortantes e mostram que existem sementes de renascimento também em considerar a modéstia no vestir uma virtude para a alma. “A modéstia é a decência. Inspira a escolha da roupa. Mantém o silêncio e preserva onde existe um evidente risco de doentia curiosidade”, explica a ex modelo Leah Darrow Hoje convertida. “A modéstia – acrescentou – inspira um estilo de vida que permite resistir aos atrativos da moda e às pressões das ideologias dominantes”.

Também Chris Stefanick, um jovem católico muito seguido pelos jovens é peremptório: “Existem amplas estatísticas que demonstram que a castidade e o estilo de vida modesto que se acompanham a ele portam a uma melhor saúde, matrimônios mais felizes. Maior sucesso financeiro e mais realização espiritual”. E quando fala em público destas coisas fica atordoado: “A reação que obtenho é inacreditável. O povo não se dá conta dos aspectos positivos da pureza”.

Há episódios - até curiosos - na vida das paróquias. Por exemplo, Padre Gregory Pilcher, recorda de ter escrito no jornal paroquial um artigo sobre o vestir “limpo, limpo e modesto”.

Uma família rejeitava aceitar as suas disposições tanto que a filha se apresentava vestida sucintamente. Falou com ela e os pais perguntando a eles se ficaria bem se o padre vestisse somente um maiô com as cores litúrgicas corretas ou uma tanga para celebrar a Missa”. Ignoraram o seu argumento, mas muitas pessoas a partir daquele dia começaram a compartilhar a sua batalha. Porque no fundo a chave de tudo é iniciar a falar disso, como também para todos os problemas  espirituais ou sociais. O sabe bem também Padre Anthony Stubeda que aos seus paroquianos recorda sempre que “vestir-se para a Missa não algo obsoleto”, enquanto pede aos pais que observem as vestes dos seus filhos. “A nudez é desde sempre um problema espiritual. Não vivemos no Paraíso onde o pecado e a tentação não existem e nada pode fazer mal a nós e aos outros. Vivemos em um mundo onde as tentações e o pecado são uma realidade”.


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